Amigas do Peito

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25 abril 2006

25 de Abril, sempre!

Foi numa madrugada que chegou a Esperança, foi uma canção que nos pôs alerta. Foi uma vontade de correr para a rua, de ver o olhar dos outros livremente.
Foi uma onda a rebentar no peito, um raio de sol a aquecer a alma, uma brisa salgada a impelir à confraternização.
Foi uma cascata de água límpida purificando a paisagem, foi uma mão carinhosa acenando para todos os que íamos enchendo a rua: jovens, adultos, velhos e, a pouco e pouco, crianças também.
Foi, de repente um cravo vermelho erguido no ar por todos os braços, uma bandeira enorme de flores que nasciam das gentes e se agitava devagar num sorriso imenso.
Foi o sonho que saíu dos sonhos, a Fraternidade, a Alegria transbordando, apesar de um medo envergonhado que houvesse tiros.
Mas, naquele dia o medo foi mandado às urtigas, descemos a Avenida e chegámos ao Rossio. Por pouco não caminhámos sobre as águas do Tejo.
Foi um estado de Graça. Uma embriaguez solar. Um desjo de nos mantermos acordados para que o sonho não passasse.
Tantos anos passaram... tantos contos nos contaram... Ainda havemos de continuar, apesar de tudo, escolher algumas belas palavras para lembrar esse dia! 25 de Abril, Sempre!

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At quarta-feira, 26 abril, 2006, Blogger Madalena disse...

E eu repito contigo: 25 de Abril Sempre!!!!
Mil beijinhos

 
At domingo, 30 abril, 2006, Anonymous Anónimo disse...

e tu estavas a recitar lá para as três da manhã, na noite de 24 para 25 ... Que o poema seja microfone e fale / uma noite destas de repente às três e tal / para que a lua estoire e o sono estale / e a gente acorde finalmente em portugal Era aí que estávamos, no 25 de Abril !

jn

 

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