Amigas do Peito

amigas gif 3

15 junho 2007

"Vais pela estrada


que é de terra amarela e quase sem nenhuma sombra. As cigarras cantarão o silêncio de bronze. À tua direita irá primeiro um muro caiado que desenha a curva da estrada. Depois encontrarás as figueiras transparentes e enroladas; mas os seus ramos não dão nenhuma sombra. E assim irás sempre em frente com a mão pesada do Sol pousada nos teus ombros, mas conduzida por uma luz levíssima e fresca."


Sophia, Livro Sexto, 1962


Não transcrevo o resto para que peguem no livro e continuem a ler. Acreditem que a poesia desta Senhora é como uma luz. Nem sempre leve, nem sempre fresca, mas sempre, sempre extremamente clarificadora, inteligente, vera, lúcida.

Gosto da terra de mel, do canto agudo "de bronze" das cigarras, das figueiras e dos figos que ainda encontramos nos nossos campos.

Gosto como ela reza ao "Deus invisível." Quem me dera saber cantar para rezar duas vezes, como dizia S. Francisco de Assis, para agradecer a vida, o gosto do verão, a existência dos amigos, a gentileza do azul do céu, o sabor sagrado do vinho e do pão!

a comentar

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At quinta-feira, 21 junho, 2007, Blogger Madalena disse...

E tu sabes! Mil beijinhos, mana!

 

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