17 setembro 2008
23 abril 2008
Aguenta-te!
Bem que gostaria de não escrever este texto! Bem que desejaria não ter de falar de doenças, cancro da mama, desaires! Ontem eu, outras mulheres, hoje tu minha irmã querida!
Sei que gostaste do texto do Lobo Antunes e contáste-me o que os amigos lhe diziam... Pois eu quero que tu te aguentes, naturalmente, vais fazê-lo. És forte, adulta, super inteligente e informada, sabes que isso é apenas um revés que vai passar.
O que eu tenho para te dizer, é que comigo, podes não te aguentar que eu estou ao teu lado para te segurar. Podemos chorar juntas, se quiseres, poderemos rir ainda mais. Se quiseres também, gritarei contigo contra esta malfadada e insidiosa doença. Poderemos, se quiseres, ficar apenas em silêncio, a olhar o fio do horizonte da nossa vida que vai passando.
Há-de chegar o dia que deixaremos talvez, de pintar o cabelo. Havemos de deixar de nos queixar das rugas e dos "pneus", deixaremos de usar biquini e, é bem provável, que até já nem os nossos netos, que ainda não nasceram, já não queiram ouvir as nossas estórias...
Mas eu hei-de ler-te os meus contos e tu hás-de ler-me os teus. Haveremos sempre de recuperar a infância que tivemos em continentes diferentes e lembraremos com alegria as canções francesas que trauteámos quando adolescentes.
Havemos de falar das nossas cicatrizes que já nem se notarão, e quer sejamos felizes ou não, havemos sempre de estar lado a lado... para nos aguentarmos com toda a força da nossa eterna amizade.
27 fevereiro 2008
Objectivos...
" Foi preciso ter perdido tudo, para chegar à perfeição suprema de não poder perder a confiança." Escreveu Sebastião da Gama.
Alguém escreveu também: "O objectivo da vida é ter uma vida com objectivos."
Pensemos nisto.
Deixemos que em nós habite a confiança, a força e a capacidade de ter objectivos e de os pôr em prática.
24 novembro 2007
o sofrimento traz destas coisas....
No dia 6 de Dezembro, na Biblioteca Orlando Ribeiro, às 18h, em Telheiras, vou lançar o meu conto "Água e Tâmaras". Gostaria muito de contar com a presença de todos os que visitam este blog.
No deserto há oásis, como na vida.
Não esmoreçam quando a doença ou as desilusões vos batem à porta!
Um abraço amigo,
Ana
08 outubro 2007
"Tiveste sorte!"
As férias passaram, os dias de Outono acordam-nos para o trabalho com um fresquinho matinal e, curiosamente, duas pessoas durante a semana que passou, em lugares e tempos diferentes, me disseram: Uma :"Safaste-te!" A outra: "Tiveste sorte!"
Eu cá pensei com os meus botões: "Realmente, sou uma mulher de sorte!" Todos os dias, independentemente dos desaires que vou passando, é assim a vida, sinto uma emorme gratidão por poder olhar o céu, ter um trabalho difícil, mas curioso, ter um filho maravilhoso!
Doenças quem as não tem? O que leva as pessoas a considerarem ainda, o cancro como uma fatalidade?
Este mês, como de costume, as revista femininas trazem reportagens sobre o cancro da mama. Poucas falam na doença como algo quase banal. 9o%. ou mesmo mais, das pessoas curam-se. Nunca, como hoje, a esperança de vida, de uma vida saudável, foi tão grande.
É certo que um dia teremos que morrer, com ou sem cancro. Não se assustem portanto. Todos temos de voltar ao antes de nascer.
04 julho 2007
"No mundo das mulheres"
Ainda há boas surpresas no mundo do cinema!
Ainda sob o efeito do filme, posso dizer-vos que me soube bem e me soube a pouco.
Desde o jovem adulto homem, cuja profissão é escrever guiões de filmes pornográficos, e se resgata até vir a ser escritor, a todas as mulheres com quem tem oportunidade de se cruzar: a namorada que o abandona, a mulher mãe que sofre por não ter o amor do marido nem da filha adolescente, à filha adolescente, à filha a entrar na adolescência, à avó demente, todos constituem belíssimos modelos de pessoas reais.
O caso particular da mulher mãe das duas jovens, interpretado por Meg Ryan, mostra uma situação de doença bem conhecida por nós todas: o cancro da mama.
A maneira como ela lida com o problema é muito interessante e corajoso, não só em relação a ela mesma, mas também com as filhas. Vejam e apreciem! está no Alvaláxia.
22 junho 2007
Senhoras do Lago
Rob Gonsalves é um artista canadiano, quiçá (com um apelido destes...) de ascendência potuguesa?
O seu realismo mágico faz-nos sonhar.
Estas senhoras do lago fizeram-me lembrar todas aquelas que procuram um Luz. A sua Luz!
Sempre, de alguma forma, quando se passa por uma experiência de doença, tão grave como a que conhecemos, uma noite escura cai sobre nós.
E, aí, se as luzes não chegam pelos olhos dos que nos são queridos ou mesmo assim, temos de acender a lanterna que está no coração para fazer brilhar a noite e afastar os medos.
Haverá sempre uma estrela para nos acalentar e outras mulheres para nos fazerem companhia.